Projeto de formatura da nossa colaboradora Thays Pantuza no curso de Cinema & Audiovisual — UFF.
Ausência é o primeiro episódio da websérie Cérebro de Corda e foi filmado no fim de 2017, sendo lançado em 2018. O curta de ficção é uma produção Original Zumbido Audiovisual.
Veja também “Sem Pai, Nem Mãe”, curta documentário Original Zumbido.
A proposta de “Ausência” era fazer do filme um núcleo de estudo coletivo. Sendo assim, parte da equipe nunca tinha trabalhado com cinema. O filme contou com uma equipe de 21 pessoas, incluindo equipe de produção, finalização, elenco e seguranças.
Cada episódio é independente do outro, inclusive no elenco. Serão 5 episódios, cada um com 8 minutos, podendo ser assistidos isoladamente, como pequenos curtas-metragens. O que une todos eles enquanto um só conteúdo, é o tema geral: memória. Além disso, as produções terão signos que se repetirão a partir de alguns elementos de cor e som.
Os episódios contarão com uma narrativa desenvolvida com dedicação ao som, trabalhando todos os tipos de atividades sonoras, analisando o áudio como parte fundamental do processo, além de experimentar as diversas sensações que pulsam em nós através das vibrações.
Através desses elementos, a websérie tenta mostrar como somos afetados diariamente por lembranças e projeções de quem somos ou deveríamos ser, analisando as relações sociais, além de refletir sobre questões filosóficas essenciais e de primeira instância, como “quem eu realmente sou?”, “qual o significado da vida/estar vivo?” ou ainda “o que faz do ser humano, humano?”.
Procedimento Narrativo:
Cérebro de Corda tem uma narrativa simples, pouco verbal e muito imagética. A websérie tem um discurso simples e curto acerca das relações afetivas e sobre a vida. Flora sofre um acidente de carro, que pode simbolizar e representar qualquer situação de risco na vida de alguém, um momento em que nos deparamos com sentimentos diversos e precisamos entendê-los para superá-los.
É uma imagem forte, com intuito de instigar o sentir e a reflexão dos próprios atos. O público majoritário presente na internet é muito dinâmico e imediatista, portanto a série tenta se configurar assim.
Curto, pouco discurso filosófico-intelectual, porém com um tema significativo, imagens fortes de afeto e sofrimento, culminando na experiência visual que nos transporta pra esse lugar do outro, onde refletimos sobre a vida, seja em um âmbito social, seja pessoal .
Sobre os Personagens:
FLORA: 27 anos, empreendedora. Uma mulher fascinante que, ao sofrer um acidente de carro, enlouquece com a velha questão: será que a vida valeu a pena?
“Hoje, depois de tantas pedras e caminhos, o filme não poderia ser diferente: eu preciso lembrar. Eu preciso ver que a dor me trouxe vida, que os sonhos têm obstáculos e a vida segue em frente. Flora, a personagem principal do filme, ao sofrer um acidente de carro, lembra. Sente, sofre, chora, sangra. Mas vive. E lembra. E sente mais. E é essa mistura de sentimentos que gera uma memória. Uma memória que vive e que diz quem somos nós”, comentou Thays ao explicar sua relação com o filme, que foi sua formatura como cineasta.
Sinopse:
Flora sofreu um acidente de carro. Nada está claro: o que é alucinação e o que é memória se confundem com o presente. O tempo não para — sozinha, perdida na estrada, sons e imagens estão misturados com todo o cansaço e dor física e, então, ela se vê em um lugar desconhecido. Flora, ignorante da própria fragilidade, só espera poder encontrar Tomás outra vez e ter uma segunda chance.
Assista ao Trailer de Ausência, primeiro episódio de Cérebro de Corda!
Cérebro de Corda é um curta-metragem de ficção e experimental, realizado com apoio do Departamento de Cinema e Vídeo (Cinevi) da Universidade Federal Fluminense (UFF). O roteiro é baseado no conto “Cérebro de Corda”, do autor Danilo Crespo.
Ficha Técnica:
Brasil | 12″ | Ficção | 16 anos
Direção: Thays Pantuza (Sem Pai, Nem Mãe, 2019)
Produção: Ana Torrezan, Kiki Simone Reis, William Silva e Catarina Maciel
Fotografia: Luana Farias
Montagem: Thays Pantuza
Correção de Cor: Julia Raad
Sound Design: Natália Petrutes